Covid-19: Anvisa rejeita importação e uso da vacina Sputnik V

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Compra da vacina foi solicitada por estados e municípios. Foto: Agência Brasil
Compra da vacina foi solicitada por estados e municípios. Foto: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou nesta segunda-feira, 24, os pedidos de importação e uso da vacina contra Covid-19 Sputnik V pelo Brasil. O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

A decisão unânime foi embasada em uma série de pareceres técnicos que levantaram dúvidas sobre falhas em etapas de produção e estudo que comprometem a análise da  segurança e eficácia da vacina. O aval negado vale somente para o atual pedido.

O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião. 

A deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela Lei n º 14.124/21, e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Caso não houvesse essa análise por parte da Anvisa, a vacina poderia ser importada.       

Antes da votação dos diretores, gerentes de três departamentos da Anvisa apresentaram seus pareceres técnicos contra a compra da Sputnik V. Os relatórios foram incorporados ao voto do diretor-relator, Alex Machado Campos.