Igam vai passar a monitorar água de rios Paraopeba e São Francisco atingidos por lama

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O Paraopeba foi invadido pelo material tóxico da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho
O Paraopeba foi invadido pelo material tóxico da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho

Um termo de compromisso foi assinado pela mineradora Vale com o Ministério Público para que o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam), vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, passe a monitorar os rios Paraopeba e São Francisco, atingidos pela lama de barragens que romperam.

A empresa custeará o serviço por dez anos. São monitorados 90 pontos dos dois rios, uma área de 2,6 mil km: o Paraopeba e mais dez afluentes, e o São Francisco até o Oceano Atlântico. Os estudos analisam o PH, a turbidez e a quantidade de metais na água. Conforme a mineradora, a estiagem atenuou a concentração dos elementos, mas os resultados divergem dos apresentados pelo Governo de Minas.

O São Francisco foi poluído por rejeitos da barragem da Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, na mina de Fundão, em Mariana, em 5 de novembro de 2015. O Paraopeba foi invadido pelo material tóxico da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano.