Referência econômica, cultural e turística de Belo Horizonte, a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades – popularmente conhecida como Feira da Afonso Pena ou Feira Hippie – completa 50 anos de oficialização nesta quinta-feira (26). Por uma área de aproximadamente 45 mil metros quadrados dividida em 15 setores, passam a cada domingo uma média de 60 mil pessoas em busca de lazer e compras – são mais de 1,5 mil expositores, além de três áreas de alimentação que abrigam 118 barracas.
Oficializada pela Prefeitura de Belo Horizonte em 26 de outubro de 1973, a Feira surgiu espontaneamente na Praça da Liberdade em 1969, e acontecia aos domingos e quintas-feiras. Em 1991, foi transferida para a Avenida Afonso Pena, quando foram agregados expositores das feiras da Praça Raul Soares, da Rua Gonçalves Dias e da Praça Rui Barbosa, que foram extintas.
“Nestes 50 anos de história, a Feira Hippie se tornou um dos principais atrativos turísticos de Belo Horizonte, com privilegiada localização no hipercentro da capital. Tradicional entre os belo-horizontinos, a feira também encanta os turistas que visitam a cidade, oferecendo inúmeras opções de artesanato, itens de decoração, utensílios domésticos, além da melhor gastronomia do Brasil. Que esse icônico espaço siga valorizando a produção criativa local, gerando emprego e renda para a cidade”, comenta Gilberto Castro, presidente da Belotur.
Para celebrar a data, um painel instagramável será instalado na Feira neste domingo para que os frequentadores possam fazer fotos. Além disso, a banda da Guarda Municipal da capital fará uma apresentação especial.
Tamanha a sua importância para a região central da capital, a Feira Hippie não poderia ficar de fora do programa de revitalização do Centro de BH, o “Centro de Todo Mundo”, lançado em março deste ano. Pois em 21 de maio, a Feira ganhou um novo layout, fruto de um longo processo de discussão com representantes dos feirantes e da comunidade para adequar as demandas de quem vive a feira.
“Ouvimos frequentadores, feirantes, prestadores de serviços e pessoas que trabalham na operação da feira. Das alterações de maior destaque, tem-se a criação de um setor de alimentação na extremidade da Feira próxima à interseção com a Avenida Carandaí. Configura-se assim o retorno do setor ao local onde tradicionalmente já contava com barracas de alimentação, e prevendo uma melhor distribuição da oferta de alimentação na Feira”, diz Gustavo Resgala Silva, da Secretaria Municipal de Política Urbana e gerente responsável pela Feira.
As barracas de expositores foram posicionadas duas a duas, com espaçamento padrão entre as duplas de 1m80 (sem contar o beiral da barraca). Nos setores de apoio/alimentação, o espaçamento é de 2m, com a disposição de mesas e cadeiras que devem ser na cor branca e não podem ter pinturas, além de elementos fixos ou móveis que promovam a divulgação de marca, estabelecimento, serviço ou produto.
A nova formulação da feira impacta diretamente na funcionalidade e percepção de segurança. Feirantes e frequentadores reconhecem os benefícios do novo layout.