Produtores rurais de 16 municípios da Bacia do Paraopeba agora têm mais uma garantia da qualidade da alimentação de suas criações de animais. Desde maio, amostras de toda a alimentação animal distribuída pela Vale são testadas por um novo sistema, que utiliza tecnologia de espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) para garantir que os insumos constituem uma alternativa nutritiva para os animais de criação, sejam eles bois, porcos, aves ou cavalos. Os primeiros resultados de 50 amostras dos produtos mais utilizados entre os criadores, sendo um deles a silagem de milho, apresentaram 100% de conformidade aos padrões recomendados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras normas vigentes. Esse é um dos avanços das ações de reparação na região, que são listadas no detalhe em vale.com/reparacao.
Além da silagem, são coletadas mensalmente amostras de feno, milho em grão e ração animal. O trabalho, conduzido pelo laboratório 3RLAB, verifica parâmetros físicos, químicos e nutricionais desses insumos. A cada resultado, a equipe da Vale atesta as boas práticas de fabricação de seus fornecedores e identifica oportunidades de melhoria nessa cadeia. “Com as informações detalhadas, conseguimos identificar quais boas práticas agropecuárias devem ser adotadas para garantir que os produtores sigam recebendo alimento de qualidade para manter sua produção. Também é nosso compromisso monitorar os produtos entregues pela Vale com regularidade, desde a origem no fornecedor até a entrega ao proprietário”, complementa Lucas Zanata, analista Agropecuário da Vale.
André Luiz Ferreira Teixeira é um dos produtores que já teve amostras coletadas em sua propriedade. O criador de Fortuna de Minas (MG) destaca a qualidade do produto, a regularidade das entregas e o apoio da equipe técnica para conhecer e atender à demanda da sua propriedade. “Nessa seca em que estamos vivendo, essa entrega mensal tem sido primordial para manter nossa criação de bovinos. Além, é claro, dos bebedouros e caixas d’água instalados pela Vale para garantir a dessedentação animal”, comenta.
Até o momento, já foram entregues mais de 100 milhões de quilos de produtos para alimentação animal, em 253 propriedades de 16 municípios da bacia do Paraopeba. O montante é suficiente para alimentar mais de 4 mil animais por 2 anos. Todo o trabalho é acompanhado de perto por equipe especializada. “Entendemos como é desafiador garantir a continuidade de uma atividade produtiva em meio às ações de reparação. Por esse motivo, temos oferecido todo o apoio aos produtores rurais impactados, por meio da atuação de uma equipe formada por administradores rurais, zootecnistas, engenheiros agrônomos e veterinários. A análise dos produtos vem como um incremento para aumentar ainda mais a confiabilidade dos insumos entregues”, afirma Marco Furini, coordenador Agropecuário da Vale.
A entrega de produtos para alimentação animal é feita para todos os produtores rurais que perderam o acesso à pastagem devido à restrição do uso do rio Paraopeba ou que foram impedidos de captar água do rio para dessedentação animal ou irrigação. Toda essa atuação seguirá sendo realizada até o restabelecimento da captação de água no rio Paraopeba para finalidades agropecuárias, no trecho de Brumadinho a Pompéu.
Qualidade da água verificada
A água potável entregue aos produtores para dessedentação animal também passa por rigorosos processos de controle de qualidade. Antes de cada entrega é medido o teor de cloro, e por amostragem, são analisados em laboratórios credenciados e independentes outros parâmetros da qualidade da água. Se houver violação em qualquer parâmetro, a água é imediatamente descartada e o caminhão higienizado novamente. A empresa de auditoria técnica independente contratada para atender ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) também realiza as referidas análises como contraprova. Até o momento, 100% das amostras estavam em conformidade com as legislações.
Por meio desse processo, já foram entregues até julho mais de 1,2 bilhão de litros de água para produtores rurais de 16 municípios da bacia do Paraopeba, no trecho entre Brumadinho e Pompéu. São elegíveis a essa ação as famílias que faziam captação de água diretamente no rio Paraopeba, independente da distância do rio, além daquelas que tinham poços artesianos ou cisternas até 100 metros da margem do rio Paraopeba. Além disso, até o fim de junho, a Vale já disponibilizou 1.723 caixas d’água e 911 bebedouros, além de realizar 763 interligações hidráulicas completas nas propriedades.
O trabalho continuará sendo realizado até o restabelecimento da captação de água no rio Paraopeba para finalidades agropecuárias, no trecho de Brumadinho a Pompéu. Todas essas iniciativas estão alinhadas ao compromisso da Vale em contribuir para que as pessoas impactadas retomem o quanto antes suas rotinas.
Outra ação em apoio aos produtores rurais é o cercamento de propriedades, que está próximo de alcançar a marca de 700 km de cerca instalados. A medida evita a pastagem de animais de grande porte às margens do rio Paraopeba e contribui para o crescimento da mata ciliar na região. A ação favorece a regeneração florestal e mantém a integridade das margens ao longo do rio.