Em Igarapé, bairros centrais e populosos lideram número de queimadas

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Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos no município está em 160%. Foto: RP
Município já contabiliza 51 óbitos pela doença, além de 462 casos em acompanhamento. Foto: RP

Em setembro, o período de estiagem faz o clima ficar seco e com baixa umidade do ar. As condições ambientais acabam sendo favoráveis às queimadas de vegetações, mas muitas vezes elas são provocadas pela própria população, inclusive nas áreas urbanas.

Em Igarapé, a maior incidência de casos de queimadas ocorre nos bairros populosos ou localizados na região central da cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Meio ambiente, a queima de lixo e de materiais inservíveis é o principal motivo dos incêndios. Os bairros que lideram a prática são: Madre Liliane, São Sebastião, Novo Horizonte, Vale do Amanhecer, Jardim das Roseiras, Ouro Velho e Resplendor.

Embora em menor proporção, o município também contabiliza queimadas de vegetação. O maior número de registros é constatado nos bairros Vivendas Santa Mônica, Santa Rosa, Vista da Serra, Residencial Fazenda Mirante, bem como toda a região do Batatal.

A Prefeitura de Igarapé recebe, por semana, uma média de três chamadas de ocorrências de queimadas na cidade. Ainda assim, em comparação com anos anteriores, esse cenário retrata uma redução. O município atribui a diminuição às ações de controle e fiscalização pelos órgãos competentes.

Provocar queimadas é crime

A Lei Complementar Municipal 05, de 7 de maio de 2007, puni o cidadão que provocar queimadas. Ela  dispõe sobre a política de proteção, conservação, controle do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida. Em seu capítulo V, que trata da poluição atmosférica, a lei estabelece no parágrafo único que “ficam proibidas as queimas de lixo e outros tipos de resíduos, bem como pastos e matas no município de Igarapé.”

As autuações, previstas no Artigo 58, seguem classificação de acordo com os potenciais danos à população, fauna e flora, podendo o causador receber advertência.  Em caso de multa, elas são classificadas em: leve – valor varia de R$50 a R$3.000; grave – de R$3.000,01 a R$20.000 e gravíssima, de R$20.000,01 a R$50.000.000. Também podem ser aplicadas outras sanções nas esferas cíveis e penais.

Combate ao fogo e como denunciar

Atualmente, Igarapé conta com uma Brigada Voluntária de Combate a Incêndios Florestais, formada no âmbito do Projeto Guardião dos Igarapés. A prefeitura tem também uma parceria firmada com a Mineração Morro do Ipê, em que a empresa cede ao município equipamentos e pessoal da brigada para combate aos incêndios no território de Igarapé.

Para denunciar a prática ilegal de incêndios, a população pode acionar:

Bombeiro Militar: 193

Coordenadoria de Defesa Civil: 99428.2022

Secretaria Municipal de Meio Ambiente: 3534-5744

Pelotão de Bombeiros Militares de Juatuba: 3535-7428