Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (26), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, anunciou o fechamento, a partir da próxima segunda-feira (29), de todos os estabelecimentos não essenciais. A explosão de casos, mortes e internações pelo novo coronavírus levou o Comitê de Enfrentamento à Covid a tomar a decisão 33 dias após a flexibilização.
A lotação dos leitos de UTIs, que está com ocupação acima de 86%, e a alta na taxa de transmissão da Covid-19 foram os dois fatores que levaram BH a recuar e voltar à fase zero da flexibilização social. Desde que os serviços não essenciais foram autorizados a abrir, em 25 de maio, essa foi a primeira e única semana em que os dois índices atingiram o nível vermelho. Apenas a ocupação dos leitos de enfermaria, hoje em 69%, está no nível amarelo.
Em menos de cinco semanas, a cidade viu mais que dobrar os registros da doença. Hoje, Belo Horizonte tem 4.868 infectados e 109 mortes. Em 25 de maio eram 1.402 casos e 42 óbitos. A explicação para o salto, conforme médicos que integram o comitê, é a maior circulação de pessoas nas ruas da cidade. Por isso foi preciso voltar atrás e diminuir o fluxo dos moradores, medida que vai expor menos a população ao vírus.