O alto número de incêndios florestais no estado levou o governo de Minas Gerais a decretar situação de emergência. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (24), no Diário Oficial do Estado, e diz que as ocorrências afetaram a qualdiade de ar. O decreto já está em vigor e tem um prazo de 180 dias.
Com isso, os procedimentos para uso e manejo de fogo serão feitos de “forma excepcional”, o que significa que o estado pode solicitar reforços e recursos do governo federal para apoiar a população afetada.
A situação de emergência ocorre quando um desastre compromete parcialmente a capacidade de resposta do poder público local. Isso significa que o estado ainda consegue atuar, mas precisa de apoio externo para enfrentar os danos e restabelecer serviços essenciais.
Ocorrências
Minas Gerais registrou 18.972 incêndios em vegetação nos nove primeiros meses deste ano, segundo o Corpo de Bombeiros. Só em setembro, a média foi de 150 por dia. No ano passado, o estado registrou mais de 24 mil incêndios, o pior número da série histórica.
Ainda em outubro deste ano, chamas atingiram uma área de proteção ambiental entre as cidades históricas de Tiradentes e São João del Rei. Os bombeiros levaram três dias para combater as chamas. A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso.
A estimativa aponta que 430 hectares foram queimados, o equivalente a mais de 600 campos de futebol e quase 10% da área total, de acordo com o Instituto Estadual de Florestas. A fumaça e as chamas se espalharam por vários pontos da serra. O incêndio ameaça espécies da Mata Atlântica e do Cerrado, e diversas nascentes.











