Na última quinta-feira (25), vereadores e representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Igarapé se reuniram para discutir sobre cortes recorrentes que vêm sendo feitos em serviços e cargos da Saúde. A reunião pública, que durou mais de 2 horas, aconteceu após convocação da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Igarapé e foi transmitida ao vivo, diretamente do Plenário.
Dentre as pautas debatidas estiveram a demissão de profissionais assistentes de farmácia, de dentista, médicos, técnicos de enfermagem; atendimento das farmácias das UBSs que passou a ser mais uma função das técnicas; a falta de fisioterapeutas no município; o corte da assistente social da Saúde; sobrecarga de trabalho de profissionais dentre outras.
Segurança na UPA de Igarapé
A reunião discutiu a situação da segurança na Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Igarapé, onde têm ocorrido episódios de agressões físicas e morais contra servidores. Foi destacado na pauta a importância da atuação de um segurança ou Guarda Municipal na unidade, principalmente levando em conta a agressão física sofrida por uma técnica de enfermagem na madrugada da última segunda-feira (22/09).
Segundo a secretária de Saúde, Bruna Prado, a gestão está se organizando, em conjunto com a Secretaria Municipal de Segurança Pública, para oferecer uma melhor segurança tanto para funcionários quanto para os pacientes, mas adiantou que hoje é inviável a presença de um guarda municipal fixo na unidade. Ela reforçou que, para contribuir, estão sendo feitas rondas em horários de maior movimento na UPA.
Sem ônibus da Policlínica para o Icismep
A suspensão do ônibus gratuito que levava pacientes da Policlínica ao Hospital do ICISMEP foi um dos cortes de serviços confirmados. De acordo com a Secretária de Saúde, o corte aconteceu após estudos realizados entre os gestores da pasta, além de ser motivado pela real necessidade de reduzir despesas.
A secretária citou relatórios que mostraram que o ônibus estava circulando vazio em diversos horários, além da baixa adesão ao serviço em relação ao custo. “A medida é momentaneamente, mas a gente espera que tudo volte a melhorar pra gente conseguir aumentar os serviços gradativamente”, destacou a secretária.
Em contraponto, o vereador e presidente da Comissão de Saúde, Cleison Borges, destacou a necessidade de atenção do município em relação a esse transporte, já que atualmente não existe nenhuma linha do transporte público municipal que leve os pacientes até o hospital.
“Diante dessa situação acho que o município deve, nesse momento, pelo menos colocar um ônibus municipal para poder atender. Como uma pessoa sai da comunidade Santa Ana e vai para o hospital a pé, por exemplo? Além disso muitas pessoas que dependem do hospital não podem arcar com Uber”, destacou o vereador.

Outras pautas
Outro ponto abordado foi uma denúncia relativa a pagamento de mais de 52 horas extras a servidores mesmo no momento de corte de gastos. Sobre isso, a secretária afirmou que as regras estão sendo revistas e que em breve terá a suspensão dessas horas.
Ao final da reunião, o presidente da Comissão de Saúde destacou que as explicações foram importantes, mas cobrou que a Secretaria de Saúde apresente medidas concretas para garantir que os cortes não prejudiquem ainda mais os servidores e a população.
Participaram da reunião os vereadores Cleison Borges, Leonardo Barberá, Wellington Carvalho (membros da comissão de Saúde), além de Rafael Webert, Reginaldo Queiroz, Marta Maria e Wilton Ferreira.