O rompimento da barragem I do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019, causou devastação e 270 mortes. Os transtornos provocados são imensuráveis para os moradores da cidade e região, que tentam se reerguer.
Desde a tragédia, os produtores rurais de Brumadinho e Mário Campos, regiões mais afetadas pelo rompimento, enfrentam dificuldades na produção e comercialização. O ‘pré-julgamento’ de que os produtos agrícolas estão contaminados atrapalha o desenvolvimento econômico e produção.
De forma a fomentar esse importante setor econômico, a Vale criou o Programa de Fomento à Agricultura para ajudar no desenvolvimento da atividade rural, principalmente a de base familiar. Inicialmente, o programa irá oferecer 230 vagas para agricultores de Brumadinho, e 70 vagas para os produtores de Mário Campos.
Além disso, o programa observa também a cadeia de comercialização, envolvendo a agregação de valor e uma maior qualidade à produção, a criação de marcas, rótulos, melhores formas de acondicionamento dos produtos, tendo em vista o acesso à diversos mercados. Uma empresa foi contratada para oferecer serviços de assessoria e treinamento aos produtores da região.
Atividade agrícola de Brumadinho e Mário Campos
A agricultura de Brumadinho e Mário Campos representa um importante setor para a geração de emprego e renda. Brumadinho se caracteriza pela produção de mexerica, tangerina e bergamota, sendo o 3º município mineiro em produção, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Mário Campos há uma produção considerável de verduras, especialmente para o abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em ambos os municípios, de acordo com o IBGE, há 583 propriedades rurais, um contingente expressivo cuja produção deve ser impulsionada visando a ampliação de empregos e da renda.