Quando o assunto é política, o respeito e a ética deveriam ser bases primordiais. Primeiro pelo fato de estarmos falando de representantes que serão escolhidos a partir do desejo e confiança dos cidadãos; e segundo por se tratar de agentes que trabalham pura e simplesmente para administrar os bens que são públicos. E é justamente por isso que no período das campanhas eleitorais a postura de cada candidato é minunciosamente analisada – ou pelo menos deveria ser.
Estamos no terceiro mês de 2020, mas os ataques indiretos (e mesmo diretos) já são terrivelmente grandes. Observamos todos os dias grupos políticos ridicularizando, humilhando e propagando informações de cunho pessoal, estas que podem seriamente afetar não só o nome de candidatos, mas a própria vida e a de toda a sua família. No “vale tudo” da política, ameaças, textos, vídeos, músicas e todo tipo de conteúdo sem dono e que cai bem à internet tem sido indiscriminadamente compartilhado. É ridículo e desanimador. Implica em calunia e difamação.
Muitas pessoas usam o nome de Deus para rogar pela sua cidade e suas necessidades, mas na primeira oportunidade comportam-se como autoridade pública, que deve sentenciar e julgar. Será mesmo que o problema é a política ou as pessoas que só precisam de uma oportunidade para mostrar o quão são prepotentes, arrogantes, interesseiras e sem limites?
Fica o alerta a cada pessoa (e grupo) que disputa cadeiras importantes do poder público: ao fim de cada gestão, nos dias 31 de dezembro, aquele que ocupa o poder será, nos dias 1º de janeiro, só mais um. Seu cargo cairá sobre terra e sua insignificância será tão grande que nem os seus “amigos de trabalho” ligarão para saber como você está.