Laudo disponibilizado pela Polícia Civil na noite desta quinta-feira (9) apontou a presença de substância tóxica em cervejas da Backer. Os exames são preliminares. Não há como confirmar a responsabilidade da empresa no caso. As investigações prosseguem para verificar se bebida contaminada provocou a doença misteriosa que já deixou uma pessoa morta em Juiz de Fora e outras setes internadas em hospitais de BH.
De acordo com o documento, em duas amostras colhidas da cerveja pilsen da marca Belorizontina, lotes “L1 1348” e “L2 1348”, foram identificadas a presença da substância dietilenoglicol (DEG). “Essas garrafas foram recebidas lacradas e acondicionadas em envelopes de segurança da vigilância sanitária municipal”, informa o laudo da Polícia Civil.
O que é DEG?
O DEG, como é conhecido, é um líquido sem cheiro que se mistura com água e solvente. A solução é usada como anticongelante diminuindo o ponto de fusão e aumentando o ponto de ebulição da solução. Segundo o site da Anvisa, “o DEG é um solvente orgânico altamente tóxico e que causa insuficiência renal e hepática podendo inclusive levar a óbito quando ingerido”. Sintomas parecidos com os das vítimas que consumiram a cerveja no bairro Buritis.
Essa substância, utilizada como insumo farmacêutico, normalmente em xaropes, deve ter um teor de DEG controlado para níveis máximos de 0,1%. A Anvisa cobra dos fabricantes, fracionadores, importadores, distribuidores de insumos, farmácias de manipulação e outros agentes que assegurem que os medicamentos que tenham DEG não estejam acima dos limites aceitáveis.