Mulher trans é morta após ser agredida e queimada viva em Igarapé; suspeita foi presa

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o corpo de Natasha foi carbonizado

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Uma mulher trans, identificada como Natasha Alvarenga Ferreira, de 44 anos, foi morta após ser agredida e incendiada na noite de segunda-feira (15), em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita, também mulher trans, de 35 anos, foi detida pela Polícia Militar (PM) na manhã dessa terça (16).

Segundo o boletim de ocorrência, tanto a vítima quanto a autora estavam em situação de rua. Câmeras de segurança de comércios próximos registraram a ação, o que auxiliou a polícia a localizar a suspeita.

A PM foi acionada após denúncia de que havia um corpo carbonizado sob uma passarela às margens da BR-381, na entrada do bairro Cidade Nova. No local, os militares confirmaram a informação e passaram a buscar imagens de câmeras para identificar a responsável.

A suspeita foi localizada na Praça de Igarapé, a cerca de 700 metros do ponto do crime, usando as mesmas roupas vistas nas gravações.

De acordo com relato da própria autora, ela e Natasha mantinham um relacionamento e a discussão teria começado por causa de drogas e ciúmes. Durante a briga, a vítima teria ficado desacordada. A suspeita então ateou fogo em Natasha, que ainda estava viva, e deixou o local.

Aos policiais, a mulher confessou o crime e disse que agiu com medo de uma possível reação da vítima ao recobrar a consciência. Segundo a PM, ela não demonstrou arrependimento.

Considerada de alta periculosidade, a autora foi presa em flagrante e permanece à disposição da Justiça.