Após receber do governo do Estado, nesta segunda (8), um lote com 7.973 doses da vacina Qdenga, a Prefeitura de Betim se prepara para iniciar, na quinta-feira (11), a vacinação contra a dengue na cidade. O imunizante, produzido com o vírus atenuado e que protege contra os sorotipos 1, 2, 3 e 4, será destinado inicialmente a crianças de 10 e 11 anos. A Qdenga estará disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, das 8h às 17h.
A vacinação será realizada de forma escalonada, em razão do baixo número de doses recebidas. Além disso, a faixa etária contemplada poderá ser ampliada, conforme a adesão do público. Estima-se que haja cerca de 11 mil crianças de 10 e 11 anos no município.
O esquema vacinal é de duas doses, que devem ser aplicadas com um intervalo de três meses entre elas. Se a criança contrair a dengue antes de ser vacinada, deve esperar seis meses para receber a primeira dose. Caso a infecção ocorra depois de receber a primeira dose, o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda não precisará ser alterado, desde que esta última não seja aplicada com menos de 30 dias após o início da doença.
Para ser imunizada, a criança deve estar acompanhada de um dos pais ou do responsável e apresentar um documento de identidade e o cartão de vacinas. Após a aplicação da dose, a criança deve aguardar por cerca de 20 minutos na unidade para observação em caso de alguma reação.
A vacina Qdenga, do laboratório Takeda Pharma, foi licenciada em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas de 4 a 59 anos. No SUS, ela está disponível para crianças de 10 a 14 anos. Por ser produzida com o vírus atenuado da dengue, a vacina tem algumas contraindicações. Não podem ser imunizados com a Qdenga:
– crianças com menos de 4 anos ou pessoas com mais de 60 anos;
– mulheres grávidas ou que estejam amamentando;
– pessoas que tiveram reações alérgicas graves (anafilaxia ou reação de hipersensibilidade) à vacina ou a qualquer substância nela presente, ou se já tomaram essa vacina antes;
– indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles recebendo terapias imunossupressoras como quimioterapia ou altas doses de corticosteróides sistêmicos (por exemplo, 20mg/dia ou 2mg/kg/dia de prednisona por duas semanas ou mais) dentro de quatro semanas anteriores à vacinação;
– indivíduos com infecção por HIV sintomática ou infecção por HIV assintomática, quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida.