A Prefeitura de Belo Horizonte deu início nesta quarta-feira (18) às obras de reforma da Praça da Estação, no Centro da capital. No local será feita a manutenção das fontes luminosas interativas, troca de pisos, canaletas e grelhas danificadas, além da recuperação e instalação de bancos e lixeiras. O paisagismo do espaço também será recuperado. Será feita ainda a instalação de delimitadores de tráfego e o tratamento da área para impedir o acesso de veículos ao interior da praça. Serão investidos R$ 8,1 milhões em recursos próprios do município. A previsão é que a obra seja concluída no segundo semestre de 2024.
As intervenções fazem parte do Programa de Requalificação do Centro de Belo Horizonte, “Centro de Todo Mundo”, lançado em março deste ano pelo prefeito Fuad Noman, que tem entre os objetivos, qualificar a região central da capital aumentando as oportunidades de moradia, trabalho e lazer. Os trabalhos terão supervisão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
A ordem de serviço foi assinada no dia 2 deste mês. Segundo o superintendente da Sudecap, Henrique Castilho, a partir de agora a empresa que vai realizar os trabalhos comece a realiza-los. “Tenho certeza que entregaremos mais uma linda praça, com todos os equipamentos funcionando para a população da cidade usufruir;” afirmou Henrique Castilho.
Praça da Estação
Na planta da capital, concebida por Aarão Reis e aprovada pelo governo de Minas Gerais em 15 de abril de 1895, constava a Praça da Estação, cortada pelo ribeirão Arrudas. Oficialmente, a praça teve a denominação alterada em 4 de setembro de 1914, passando a se chamar Christiano Otoni, nome do engenheiro e político mineiro que havia sido o primeiro dirigente da EFCB, ainda no Império, quando a ferrovia se chamava Estrada de Ferro D. Pedro II. Nova mudança viria em 27 de setembro de 1923, com a alteração para praça Rui Barbosa, para homenagear o jurista e político que morreu em março daquele ano. Contudo, apesar dessas denominações oficiais, o local sempre foi conhecido pela população como Praça da Estação.
Ao longo do tempo, o espaço da praça passou por grandes modificações que afetaram, principalmente, os jardins e os ornamentos, as vias públicas do entorno e o curso d’água. Todas essas transformações refletiram as diferentes concepções de cidade, de cidadania e de uso e apropriação do espaço urbano.
Contudo, permanências também marcaram esse espaço que se caracterizou pela multiplicidade de papéis e funções relacionados com o transporte, o trabalho, o lazer, a cultura e o cotidiano dos belo-horizontinos e dos mineiros.