Moradores do condomínio residencial Ouro Preto, no bairro Miriti, em Igarapé, correm risco de perder suas residências devido às chuvas que comprometeram a estrutura dos prédios. O condomínio foi construído dentro do programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal.
De acordo o boletim de ocorrência do Corpo de Bombeiros Militar, o residencial possui várias trincas e rachaduras, em tetos, paredes e pisos, além de estufamento dos pisos e abatimento de solo e caixas de gordura. Rachaduras também foram identificadas no estacionamento, afundando o solo do terreno. A orientação dos Bombeiros é de que as trincas e rachaduras sejam monitoradas, já que o condomínio corre risco gradual e progressivo.
Segundo moradores, no local onde foi construído o condomínio existiam várias nascentes, o que foi evidenciado pelos Bombeiros, devido ao lodo existente na área externa do residencial.
Em ofício enviado à Prefeitura de Igarapé, a Caixa Econômica informou que os sete blocos do residencial estão com estruturas preservadas. “Em vistoria ocorrida em 03/08/2020, com a finalidade específica de detectar e constatar a existência de indícios de problemas estruturais e risco de colapso estrutural citados nos sete blocos que compõem o empreendimento, não constatamos a existência de evidências dos riscos. Os sete blocos do empreendimento estão com suas estruturas preservadas e não estão em situação de risco de colapso”, informou a Caixa.
Assistência aos moradores
Moradores de dois blocos (3 e 7) já foram indicados pela Defesa Civil a deixar suas casas até a próxima quarta-feira (28). Segundo uma das moradoras do residencial, Giordana Oliveira, a preocupação principal é com a vida de cada pessoa, principalmente porque a maioria é de baixa renda e o período é de pandemia.
“Tem cadeirante, idosos, crianças pequenas. Meu filho, por exemplo, tem bronquite crônica, então não pode ficar em qualquer lugar. Então não tem como misturar todo mundo em uma escola, até porque as eleições estão chegando. Estamos decidindo o que fazer. Mas não temos condições de pagar aluguel caro, e para conseguir uma casa agora teria que ter avaliador, e as pessoas aqui não tem avalista. A gente está esperando a prefeitura falar o que vai acontecer”, conta Giordana.