Betim oferece tratamento de retina especial para bebês prematuros

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Cerca de 400 bebês prematuros já foram avaliados no Hospital Regional de Betim. Foto: Prefeitura de Betim

Para proteger a saúde ocular e oferecer a melhor assistência aos bebês prematuros, o Hospital Público Regional de Betim (HPRB), em parceria com o Hospital Evangélico, realiza o tratamento de retina para os recém-nascidos prematuros. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, o serviço continua sendo realizado devido ao risco de cegueira nos casos mais graves.
 
Cerca de 400 bebês prematuros já foram avaliados no HPRB para verificar se possuem a retinopatia da prematuridade, uma doença ocular que pode afetar a visão. É uma afecção que deve ser diagnosticada e tratada corretamente e com rapidez, para evitar alterações na visão e até mesmo cegueira.
 
De acordo com o médico Wesley Moreira, responsável técnico pelo serviço de oftalmologia do Hospital Evangélico, a retinopatia da prematuridade não apresenta sintomas, portanto o diagnóstico depende de um exame cuidadoso na retina, que deve ser feito por um oftalmologista bem treinado. “É imprescindível que os bebês recebam tratamento imediato e sejam examinados periodicamente”, afirma.
                                      
O médico explica que, pelo menos uma vez por semana, os oftalmologistas avaliam os prematuros na Unidade Neonatal do HPRB através do mapeamento da retina, exame popularmente conhecido como avaliação do fundo de olho. “Se o bebê apresenta sinais de retinopatia da prematuridade, com risco de descolamento da retina, os profissionais realizam a aplicação de laser na retina, o que diminui o risco de ocorrer esse descolamento e a perda da visão”, destaca.
 
Segundo a diretora do HPRB, Patrícia Evangelista, o serviço começou a ser oferecido no HPRB, no último trimestre de 2017, quando foi realizada a parceria com o Hospital Evangélico para o atendimento oftalmológico no município. “Antes, esta avaliação não era oferecida em Betim. Era necessário entrar em uma fila de espera para realizar o tratamento em Belo Horizonte e, muitas vezes, os pacientes não conseguiam o atendimento em tempo hábil. Esta foi uma grande inovação, que permitiu o diagnóstico precoce da retinopatia e uma atuação mais ágil do município”, explica.