Para estabelecer um canal seguro entre família e paciente e diminuir a angústia de quem está internado, o Centro de Cuidados Intensivos para Covid-19 de Betim, que funciona no Centro Materno-infantil, está realizando visitas virtuais para os pacientes internados com Covid-19.
Como as visitas presenciais estão suspensas devido ao alto risco de contágio de Covid-19, os pacientes internados ficam isolados e só têm contato com os profissionais de saúde, conforme os protocolos do Ministério da Saúde. As chamadas de vídeo são uma nova alternativa para que os pacientes mantenham contato com suas famílias e se sintam acolhidos.
As visitas virtuais são realizadas diariamente, em sua maioria, ajustadas de acordo com o cenário e a rotina do Centro de Terapia Intensiva (CTI). A equipe de psicologia da unidade entra em contato com a família do paciente e verifica quem pode participar, fazendo um pré-agendamento da chamada de vídeo. Todos os cuidados de desinfecção são tomados com os equipamentos eletrônicos, utilizando álccol 70% e filme plástico a cada nova chamada.
De acordo com Juliane Camargos, psicóloga do Cecovid-Betim 4 e uma das responsáveis pela realização das visitas virtuais, “a iniciativa ajuda a fortalecer a saúde mental dos pacientes, preserva as relações familiares e diminui a ansiedade e a preocupação da família que está distante. O paciente se sente acolhido, amado e isso ajuda até na evolução do tratamento”, afirma.
É importante destacar que a equipe médica avalia os pacientes aptos a participarem das visitas virtuais. Elas só podem ser feitas para os pacientes conscientes, que são capazes de se comunicar e que não estejam utilizando ventilação mecânica. As chamadas de vídeo substituem as visitas, são momentos de descontração e não são momentos para passar informações médicas sobre estados de saúde. Os boletins médicos diários continuam sendo informados às famílias, por meio de ligações telefônicas.
Outras medidas também estão sendo adotadas neste momento da pandemia para humanizar o atendimento e ajudar no tratamento dos pacientes. “Colocamos músicas para tocar, a pedido dos pacientes; os profissionais têm se dedicado às conversas e diálogos constantes com esses pacientes, para motivá-los e há ainda um projeto de leitura e contação de histórias, que esperamos implantar em breve”, acrescenta a psicóloga.