O governador Romeu Zema e secretários de Estado apresentaram, nesta sexta-feira (15/5), durante coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, a grave situação financeira de Minas Gerais e seus desdobramentos devido à queda na receita motivada pela crise do coronavírus.
“Não haverá recursos para pagar integralmente a folha do funcionalismo e também o repasse aos poderes. A lei me manda fazer as duas coisas, mas se a lei resolvesse o problema de caixa, eu ficaria satisfeito. Mesmo com todo o contingenciamento que nós fizemos, como eu disse, ainda não é suficiente”, disse Zema.
Segundo o governador, as prioridades do Estado foram fixadas da seguinte forma: primeiro, recursos para o combate à pandemia, depois, o pagamento dos profissionais que estão na linha de frente, da Saúde e da Segurança. E, posteriormente, o pagamento de todos os outros servidores do Poder Executivo.
Queda na arrecadação
A queda na arrecadação de ICMS, em abril, foi de R$ 1,2
bilhão. A expectativa é de que, em maio, a diminuição da receita seja de R$ 2,2
bilhões, afetando ainda mais o déficit fiscal do Estado. “Esperamos que a ajuda
do governo federal chegue ainda este mês, mas vale lembrar que ela representa
uma fração da nossa perda e não vai equacionar o nosso problema.
Consequentemente, não teremos condição de continuar pagando as obrigações do
Estado, mesmo as mais relevantes”, explicou Zema, lembrando que ainda não
é possível estipular uma data para pagamento dos salários do restante do
funcionalismo público.