As festas de fim de ano passaram, e o tradicional Carnaval brasileiro, que tem seu fim marcado pelo real início de ano, também acabou. Agora o assunto é sério – ou pelo menos deveria ser – e desperta um sentimento muitas vezes próximo do vício, da inveja e da competitividade insana: as eleições 2020!
Especulações em torno dos nomes de possíveis candidatos à Prefeitura de Igarapé já movimentam os bastidores. Figuras relacionadas ao enredo político, e mesmo àquelas que nunca foram assumidamente ligadas ao meio, são mencionadas diariamente. A falta de confirmação dos próprios líderes dos grupos mostra a insegurança e a incerteza sobre o futuro político do município. Isto porque Igarapé pode estar diante de uma agenda em branco, onde não necessariamente vencerá quem tem antiga e forte influência política. Eles batem a cabeça e sofrem ao assumir que é chegada a hora de jovens ganharem destaque. Acontece!
O medo está justamente na ilusão consciente de que ao lançar candidatos jovens tudo continuará claramente bem. Mas o fato é que a pulga atrás da orelha é bem maior do que a confiança de que os novos serão facilmente manipulados. Afinal, toda campanha tem fim e quatro longos e dolorosos anos chegam. Será mesmo que eles estarão, por muito tempo, dispostos a atender os desejos daqueles que sequer precisam disso, mas que foram picados e fortemente infectados pelo Poder?
Neste ano, os perfis são variados. Há aqueles que são politicamente corretos, mas que não conseguem sustentar a simples frase: “eu quero ser o prefeito de Igarapé!”. Também existem os meninos de família que simplesmente querem fazer o bem para a cidade e dar um salto enorme no seu ego e na sua popularidade suada. Não podemos esquecer-nos dos mais velhos – eles não foram aqui descartados. Aqueles que sempre foram coadjuvantes, mas que no auge dos seus “cinquentão” resolveram dar uma guinada na vida.
Todos merecem uma chance, mas nem todos conseguem, de fato, assumir a responsabilidade que vem com uma nova porta aberta. A guerra de gato e rato começou, e nela, hora você é rato, e hora você é gato. Basta estar disposto a encarar as duas situações. “Quem não tem competência não se estabelece” é a expressão popular mais sábia e correta para os dias que vivemos hoje.
E para você? Quem leva o almejado trono?