Doença misteriosa: morre paciente internado com insuficiência renal e alterações neurológicas

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Um dos sete pacientes que foram internados em Minas Gerais nos últimos dias com quadro de insuficiência renal e alterações neurológicas morreu nesta terça-feira (7), conforme informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Trata-se de um morador de Ubá, na Zona da Mata, que estava internado em um hospital de Juiz de Fora.

Outras seis pessoas seguem internadas, sendo cinco em Belo Horizonte e um em Nova Lima. Dentre os hospitalizados estão os quatro moradores do bairro Buritis, na região Oeste da capital, que foram alvo de boatos que surgiram nas redes sociais de que teriam sido intoxicados ou envenenados por uma cerveja. Contudo, a relação da doença com a bebida não foi comprovada. 

Uma força-tarefa foi designada pelas autoridades de saúde para vasculhar estabelecimentos comerciais e casas do bairro Buritis e ajudar nas investigações. Todos os pacientes, com exceção do que está em Nova Lima, passaram pelo bairro da região Oeste da capital recentemente. O paciente que morreu em Juiz de Fora havia sido um dos primeiros casos identificados, após passar o Natal no Buritis, onde mora o genro dele, que também foi internado com os sintomas.

Ainda não é possível saber a origem dos sintomas e, o que se sabe até o momento, é que todas as vítimas são homens e têm idades entre 23 e 76 anos. As investigações continuam e estão sendo realizadas por uma força-tarefa composta por técnicos da SES, da Secretaria Municipal de Saúde de BH (SMSA) e do Ministério da Saúde.

O caso ganhou repercussão no início deste ano e, nas redes sociais, a hipótese de intoxicação ou envenenamento foi levantada. Contudo, o Estado informou que os exames dos pacientes não foram concluídos e que investiga o que provocou a enfermidade. 

Conforme a secretaria, os sete enfermos apresentaram os mesmos sintomas: náusea, vômito e dores abdominais associados à insuficiência renal aguda grave. Alguns pacientes ainda tiveram alterações neurológicas, como paralisia facial, borramento visual, perda parcial da visão, alteração na sensibilidade e paralisia. 

Após os primeiros sinais da enfermidade, eles levaram menos de três dias para serem hospitalizados. Exames estão sendo realizados e amostras analisadas. Enquanto não há respostas, os casos continuam a intrigar tantos os moradores do Estado quanto autoridades de saúde.

Todas as unidades de saúde do Estado estão orientadas a informar, imediatamente, sobre ocorrências semelhantes. A SMSA abriu inquérito epidemiológico para investigar os casos, mas, até o momento, os laudos não foram concluídos. Bebidas e alimentos consumidos pelos pacientes estão sendo analisados e amostras biológicas foram recolhidas e encaminhadas para laboratório.

Fonte: Hoje em Dia