Minas Gerais registrou um aumento de 445,2% no número de casos prováveis de dengue em janeiro de 2019 em comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Ministério da Saúde.
Até o dia 2 de fevereiro, o estado notificou 12.388 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram registrados 2.272 casos de dengue. Minas Gerais não teve mortes por causa da doença neste ano. Com relação à chikungunya, houve 899 em janeiro de 2018 e 214 em 2019. Os casos de zika foram 13 e 35, respectivamente em 2018 e 2019.
De acordo com o coordenador de Dengue do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, não há surto, mas o estado está em alerta e o vírus 2 é o predominante no estado. Said disse que a população deve manter práticas simples como não deixar acumular água em potinhos plásticos, tampinhas e garrafas pet, por exemplo.
Said falou que também há alerta de vetores por causa da mudança ambiental feita pelo rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A sazonalidade também influencia na dengue. O tempo quente e chuvoso é propício para a proliferação do Aedes aegypti. São necessários de cinco a dez dias entre a eclosão dos ovos e a fase adulta do mosquito.
Brasil
Said falou que no Brasil houve um aumento de 149% de casos prováveis de dengue até o dia 2 de fevereiro deste ano. De acordo com o Ministério da Saúde, foram 21.992 casos no ano passado contra 54.777 neste ano.
Ele disse que os estados com o maior número de casos prováveis da doença são Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo, de acordo com o número de casos.
Ainda segundo o coordenador, houve cinco mortes no país: dois em Goiás e um nos estados de São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Sob investigação, há 23 casos no Brasil.
Fonte: G1