Moradora de Igarapé denuncia vereadores por perseguição

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Ex-servidora da prefeitura abrirá ação por danos morais

Na última segunda-feira (22), na 77ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Igarapé, uma moradora da cidade anunciou que os vereadores Antônio José Jorge (PDT) e Leonardo Roberto Barberá (PDT) praticaram perseguição devido a diferenças políticas.

De acordo com Josefa da Paixão Souza de Moura, em 2017 os dois vereadores a acusaram de doar cestas básicas da Secretaria Municipal de Assistência Social para promoção pessoal. Segundo Josefa, mesmo sem provas concretas a acusação fez com que ela perdesse o seu cargo de chefe de divisão na Prefeitura de Igarapé.

No Inquérito Civil, que foi instaurado após a representação de Antônio Jorge e Leonardo Barberá, também consta acusações relativas ao recebimento integral de salário em dias em que a então servidora supostamente não havia ido trabalhar. Entretanto, as acusações foram consideradas infundadas pela 1ª Promotoria de Justiça de Igarapé, uma vez que as testemunhas não reconheceram entregas ilegais de cestas básicas por Josefa de Moura. Não foi comprovada nenhuma ilegalidade em sua folha de ponto, contrariando as acusações sobre recebimento de salário incorreto.

“Eu fui demitida, julgada e condenada por alguns sem a conclusão do inquérito instaurado no Ministério Publico de Igarapé. Quero dizer a todos os moradores de Igarapé, aos vereadores e ao chefe do Executivo da prefeitura que em 16 de outubro de 2018 deu-se a conclusão do inquérito. E eu vim aqui compartilhar com todos os senhores essas denúncias. Como consta, não há nenhuma veracidade no item três da conclusão do promotor de Justiça senhor André Salles Dias Pinto. Portanto, senhores, consta dizer e desmascarar essas mentiras levantadas contra mim pelos denunciantes Antônio Jorge e Leonardo Roberto Barberá”, disse Josefa de Moura, na reunião da Câmara.

Após denunciar os dois vereadores, um terceiro representante do legislativo tentou impedir, equivocadamente, a fala de Josefa de Moura, alegando que ela não estava inscrita para falar, então não deveria “atacar nenhum vereador”.
Josefa de Moura ressaltou que nos quase dois anos do processo, ela e a sua família sofreram emocionalmente, psicologicamente e financeiramente. A ex-servidora da Prefeitura de Igarapé abrirá uma ação por danos morais contra os dois vereadores.

A prefeitura informou que a exoneração da servidora não ocorreu em decorrência da abertura do inquérito, mas por questões administrativas. A reportagem tentou entrar em contato com os vereadores Antônio Jorge e Leonardo Barberá, que não se manifestaram até o fechamento da matéria.

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